tag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post3957964501869898494..comments2024-03-21T14:34:19.128-03:00Comments on Psicoterapia Gestaltista: MonotoniaVera Felicidade de Almeida Camposhttp://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comBlogger45125tag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-43608217356901738942011-09-22T15:56:13.680-03:002011-09-22T15:56:13.680-03:00Oi Augusto,
Pois é, veja como você está confundin...Oi Augusto,<br /><br />Pois é, veja como você está confundindo!<br /><br />No meu texto acima citado por você, explico aderências.<br /><br />A questão que vimos discutindo nos últimos comentários se refere a você dizer que entende disponibilidade como despojamento, e eu discordo disso. "Aderência" surgiu em função da sua definição de despojamento. Meu texto que você citou agora não entra em nenhuma contradição com tudo o que vimos discutindo sobre disponibilidade. Não sei o que você queria demonstrar com a citação, a definição de aderência nela explicada está perfeita. <br /><br />Você escreveu:<br /><br />"Disponibilidade para mim é uma atitude simples, despojada, que permite considerar coisas inteiramente novas, inclusive no amor."<br /><br />Eu discordo disso, além de disponibilidade não ser "simples", eu lhe respondi que:<br /><br />"Estar disponível é continuamente vivenciar o presente, não tem nada com despojamento, senão teríamos que dizer que só vivenciamos o presente quando jogamos fora o passado e o futuro."<br /><br />Você respondeu a isso dizendo que entendia "despojamento como largar as aderências e ficar com o essencial".<br /><br />Continuei lhe dizendo que mesmo 'despojamento' definido assim não leva a disponibilidade, pois é um processo que decorre de avaliação. <br /><br />Respondi:<br /><br />"Augusto, "despojamento como largar as aderências e ficar com o essencial" decorre de avaliação; impossível se atingir disponibilidade com este processo iniciado por avaliação. Isto gera soluções pragmáticas, aparentemente sensatas, mas fruto de composições, de arranjos."<br /><br />Veja como faz falta o referencial teórico, como as coisas se misturam, o senso-comum distorce através de palavras sem considerar os conceitos e os contextos. <br /><br />Como já lhe disse:<br /><br />"Para mim, metodologia e epistemologia são fundamentais, daí o rigor de exatidão, a recusa as sinonímias "achistas", misturadas e consequentemente contingentes. Estou dedicada ao desenvolvimento conceitual da psicoterapia gestaltista, em desenvolvimento à Gestalt Psychology (Psicologia da Gestalt) que não tinha um arcabouço psicoterápico e para mim se fazia necessário uma antítese ao conceito do que havia em psicoterapia: o inconsciente. <br /><br />Não criei escola e não estou preocupada com a divulgação da Psicoterapia Gestaltista. O fundamental para mim, é o desenvolvimento conceitual. Como não criei escola, não dei formação psicoterápica. Meus livros foram lidos e as menções à Gestalt Psychology (Koffka, Koehler, Wertheimer) e à Fenomenologia de Husserl começaram a ser citadas e incorporadas pelo pessoal Gestalt Therapy como se todos estivéssemos bebendo da mesma fonte, e cada um fazendo a variação temática, pessoal, sem nenhuma preocupação epistemológica, com critérios apenas pragmáticos. Sempre e quando aparecem pretensos seguidores confusos, querendo profissionalização, legitimação, "somar", acrescentar, eu explico, eu mostro o que é jôio e o que é trigo. <br /><br />O blog, agora, é para aplicação dos conceitos desenvolvidos nos livros, em outros contextos. "<br /><br />E ainda:<br /><br />"O quantitativo é apenas resultado de contagem, decorre de avaliação; ser único não é limitativo, só existir eu fazendo Psicoterapia Gestaltista é uma grande mudança qualitativa."<br /><br />AbraçoVera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-19181103246402244132011-09-21T22:36:54.255-03:002011-09-21T22:36:54.255-03:00"Ninguém vai discutir se temos o direito de t..."Ninguém vai discutir se temos o direito de ter os nossos próprios olhos, as nossas próprias mãos; eles são intrínsecos, legitimamente nossos, mas pode se discutir sobre o como fazer com nossas aderências: deixar o carro em um local de estacionamento proibido, usar qualquer tipo de roupa, etc. Dentro da massificação e distorção perceptiva, as aderências se transformam em constituintes intrínsecos do ser humano; exemplo: eu sou o que eu represento - meu carro. meu status, minha profissão, minha conta bancária me definem e situam, autorizando-me a ser-com-os-outros. Esta distorção provoca a alienação, esvaziando o presente, substituindo o outro como constituinte de mim, ao figurá-lo através dos padrões, das regras, do sistema." (Individualidade, Questionamento e Psicoterapia Gestaltista, Vera Felicidade de Almeida Campos, Alhambra, Rio de Janeiro, 1983, livro esgotado).Augusto Freirenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-62352636077966301842011-09-21T21:59:30.501-03:002011-09-21T21:59:30.501-03:00OK Augusto, entendi seu problema. Abraço, VeraOK Augusto, entendi seu problema. Abraço, VeraVera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-24312834369642732662011-09-21T21:25:00.651-03:002011-09-21T21:25:00.651-03:00Estimada Vera, eu achei que tinha entendido que qu...Estimada Vera, eu achei que tinha entendido que que são aderências, mas pelo visto não. A gente faz o que pode e aceita os limites da existência. Como disse a você há alguns anos atrás, gostaria de fazer terapia com você. Mas, moro em Porto Alegre e você na Bahia, terapia via Internet não dá, e não encontrei nenhum terapeuta aqui da sua escola. Se tiver algum para me indicar estou aceitando. Beijo.Augusto Freirenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-26917576211921538812011-09-21T10:43:28.929-03:002011-09-21T10:43:28.929-03:00É... antes de querer entender precisa ver porque n...É... antes de querer entender precisa ver porque não entende; é uma maneira de trocar o futuro pelo presente. Bem teórico, bem prático... rsrsrs. <br />AbraçoVera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-69636410716961200072011-09-20T23:34:39.181-03:002011-09-20T23:34:39.181-03:00Sem metas... Isso está em todas as páginas que li ...Sem metas... Isso está em todas as páginas que li até agora, e eu na meta de entender o que leio, rs. Obrigada, Vera! Bjs.Clarissahttps://www.blogger.com/profile/09406980238743172248noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-82731311200140302552011-09-20T22:58:51.845-03:002011-09-20T22:58:51.845-03:00Augusto, "despojamento como largar as aderênc...Augusto, "despojamento como largar as aderências e ficar com o essencial" decorre de avaliação; impossível se atingir disponibilidade com este processo iniciado por avaliação. Isto gera soluções pragmáticas, aparentemente sensatas, mas fruto de composições, de arranjos. <br /><br />Não existe Gestalt Therapy, nem nada a ela correlacionado, que não seja fundamentada em Fritz Perls, como não existe nenhuma psicoterapia que admita o inconsciente que não esteja fundamentada em Freud. As miscelânias existem, os ecletismos as vezes até muito valorizados, mas têm metodologia hibrida, consequentemente são frágeis. <br />AbraçoVera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-34075492579155083782011-09-20T22:43:41.616-03:002011-09-20T22:43:41.616-03:00Oi Clarissa, leia por ler, sem metas, sem finalida...Oi Clarissa, leia por ler, sem metas, sem finalidades. Minha teoria é diferente de tudo que você conhece, é uma nova visão acerca do comportamento humano. Partindo disto você vai perceber uma porção de coisas. Perceber a dualidade é um grande passo. Kurt Lewin, gestaltista alemão, dizia que não há nada mais prático do que a teoria. Abraço.Vera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-35109917577086371402011-09-20T21:34:50.734-03:002011-09-20T21:34:50.734-03:00Grato vera. Não curto Fritz Pearls, achei bem chat...Grato vera. Não curto Fritz Pearls, achei bem chato. Entendo a questão de sobreviver e existir. Quando falei em despojamento quis dizer largar as aderências, ficar com o essencial. Acho que nada disso que você falou tem a ver com minha compreensão quando a essa parte. Quanto aos outros comentários ok.Augusto Freirenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-36732365807091165802011-09-20T21:01:59.452-03:002011-09-20T21:01:59.452-03:00Oi Augusto, vou sublinhar pontos que estão lhe atr...Oi Augusto, vou sublinhar pontos que estão lhe atrapalhando e isso pode lhe ajudar: aceitar não é o contrário de negar. A analogia química do catalizador, não procede; questionamento psicoterápico é um processo único; não é um processo que acontece na vida de qualquer forma e a terapia apenas o acelera. Enfrentar as questões da vida não é a mesma coisa que passar por questionamentos terapêuticos. Não confundir sobreviver com existir (vide Terra e Ouro são Iguais). Estar disponível é continuamente vivenciar o presente, não tem nada com despojamento, senão teríamos que dizer que só vivemos o presente quando jogamos fora o passado e o futuro. O que sempre falo nos livros é que não vivemos o presente por estarmos comprometidos com o passado ou com o futuro, medos e metas por exemplo, isso não se despoja, isto muda quando a pessoa começa a se perceber de uma outra maneira, processo este que exige uma psicoterapia, no caso, como só a psicoterapia gestaltista tem esta visão da temporalidade e da aceitação, não dá para substitui-la com outros conceitos terapeuticos. <br /><br />Para finalizar, recorro ao que escrevi em meu site: (http://www.verafelicidade.com.br/page1a.html)<br /><br />"Nos anos 60, surge F. Perls como criador da gestalt therapy. Ele falava que o todo não é a soma das partes (conceito da gestalt psychology) mas, preso à idéia, à crença na existência do inconsciente não conseguia admitir o conhecimento como um dado relacional, perceptivo, continuava achando que o conhecimento era o resultado de um processo interno, subjetivo. Ele não entendia o comportamento como processo perceptivo, entendia comportamento como expressão das motivações inconscientes. Este dualismo conceptual o impediu de perceber o ser-no-mundo, esta gestalt; pensando ainda como Freud, em ser versus mundo, exilou-se de qualquer contexto gestáltico, onde a unidade é um conceito fundamental. Lutando por "perca sua mente, ganhe seus sentidos" escreveu seu manifesto dualista."<br /><br />AbraçosVera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-10953898574709508402011-09-20T20:46:49.593-03:002011-09-20T20:46:49.593-03:00Pois é, Vera, fico pensando na minha leitura de se...Pois é, Vera, fico pensando na minha leitura de seus livros – ela está tão limitada ao meu dualismo, a minha estrutura, ao meu contexto... Eu vou ler tudo, mas sei que só lendo não vou andar muito. Pensar não ajuda muito quando o pensamento é limitado. A teoria é estéril quando a prática não acompanha. Olha aí eu de novo com meu dualismo (teoria e prática). Quero dizer que, sem globalizar, tudo o que leio é nada. Às vezes sinto assim com relação ao que "entendo". Bjs.Clarissahttps://www.blogger.com/profile/09406980238743172248noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-40871263310131294612011-09-20T20:28:48.035-03:002011-09-20T20:28:48.035-03:00Oi, Vera, eu não desapareci, não. estou sempre aqu...Oi, Vera, eu não desapareci, não. estou sempre aqui lendo e acompanhando. Vou reler. Bjo.Clarissahttps://www.blogger.com/profile/09406980238743172248noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-26460721349054316832011-09-20T20:17:34.641-03:002011-09-20T20:17:34.641-03:00Oi Clarissa, que bom que você reapareceu! leia a r...Oi Clarissa, que bom que você reapareceu! leia a resposta que dei para Natasha sobre disponibilidade e não esqueça que "disponível naturalmente" implica em "disponível artificialmente", isto é dualismo. <br />AbraçoVera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-77449211559118506522011-09-20T20:08:51.539-03:002011-09-20T20:08:51.539-03:00Oi Natasha, o que é construido na terapia está esc...Oi Natasha, o que é construido na terapia está escrito nos livros sim, só que não basta lê-los; a leitura de qualquer assunto vai ser feita no contexto, estrutura de cada leitor. As necessidades, angustias, medos etc do leitor tornam pregnante o assunto A ou o assunto B, determinando reduções, confusões etc etc. Por isso que o terapeuta disponível e globalizador é fundamental para as antíteses e questionamentos e isto você tem razão sim, o livro não substitui. É verdade o que você falou sobre acontecer na terapia um processo individual de questionamento e diálogo e isso é o que propicia mudança.<br /><br />Disponibilidade é a resultante final que se consegue quando o processo de aceitação é realizado, quando se aceita e vivencia o presente. Disponibilidade como início é muito raro por implicar em começar a vida sendo aceito e se aceitando enquanto individualidade, diferente "do grande filho ou filha inteligente", por exemplo.Vera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-91070609716746706602011-09-20T20:02:53.698-03:002011-09-20T20:02:53.698-03:00Oi Vera,
Ok quanto ao desenho completo. Fiz leitur...Oi Vera,<br />Ok quanto ao desenho completo. Fiz leituras de seus livros e terapia, além de encarar as antíteses questionamento da vida que exigiram mudanças 'questionamento' é conceito específico da Psicoterapia Gestaltista, mas ocorre na vida e podem causar transformação- se a pessoa não os nega, mas os aceita. Tenho certeza que processo psicoterápico individual vai muito além de leituras, estas podem agir como catalisador da síntese, pra usar uma analogia com química.<br />O amor com certeza gera mudança, é o sentimento mais maravilhoso que se pode ter e pra mim me deixa em um estado de aceitação aberto a compreender. Transcendência leva a pessoa a compreender a realidade de forma bem diferente de antes, muito mais ampla e liberta. Disponibilidade para mim é uma atitude simples, despojada, que permite considerar coisas inteiramente novas, inclusive no amor.<br />Por ‘conhecimento direto' não quis criar dualismo, nem supus o indireto, mas entendo que pode implicar nisso para quem lê. O inconsciente freudiano não é experimentado, percebido, somente o é como pensamento, tal como os conceitos metafísicos e religiosos, míticos, construtos mentais. Hume não li, nem Bergson. Li A Realidade da Ilusão, A Ilusão da Realidade, um dos seu melhores livros. Entendi que a percepção não tem significado, este é atribuído ao percebido (conhecido) em função da memória e pensamento. Esse significado pode ser confirmado ou negado. Enquanto se tem como verdadeiro é a realidade da pessoa. <br />Abraço.Augusto Freirenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-73973196607680604982011-09-20T19:46:10.415-03:002011-09-20T19:46:10.415-03:00Sobre a pergunta de Natasha, seria, por acaso, uma...Sobre a pergunta de Natasha, seria, por acaso, uma condição rara em que a pessoa conseguisse estar disponível “naturalmente” sem vivenciar as antíteses e os questionamentos da forma como acontecem no processo psicoterapêutico? Ela os vivenciaria de outra forma, em outro nível?Clarissahttps://www.blogger.com/profile/09406980238743172248noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-66043415822812909602011-09-20T18:40:40.399-03:002011-09-20T18:40:40.399-03:00Vera e Augusto,
tenho acompanhado os posts de voc...Vera e Augusto, <br />tenho acompanhado os posts de vocês e gostado muito. Não li muito do trabalho de Vera, só artigos e um pouco dos livros, mas acho que é bem verdade o ela disse no último post sobre a necessidade de mais do que leitura para que mudanças/reestruturações aconteçam.<br />O que é construído dentro da terapia não está escrito em lugar nenhum e chegar lá sozinho é impossível, pelo menos pra mim. Um outro que consiga globalizar e que esteja livre de autorreferenciamento e meta é fundamental pra que essa reestruturação aconteça.<br />Vera, eu não entendi isso da disponibilidade ser uma resultante final de processos ou um início muito raro, como assim? rs...<br />Bjs.Natashahttps://www.blogger.com/profile/16708032593398218226noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-41681780861415175382011-09-20T13:06:18.092-03:002011-09-20T13:06:18.092-03:00Oi Augusto, quando falei "talvez para você is...Oi Augusto, quando falei "talvez para você isso seja um desenho completo" me referia aos insights, discernimentos advindos da leitura dos meus livros. As leituras de meus livros são insuficientes para gerar mudanças e reestruturações como as que acontecem nos que fazem psicoterapia gestaltista (psicoterapia gestaltista não gestalt therapy); essas mudanças que ocorrem no processo psicoterápico, advém de antíteses e questionamentos ('questionamento' é conceito específico da Psicoterapia Gestaltista). Nas leituras você apreendeu a dinâmica dos meus conceitos (posicionamento, questionamento, aceitação etc), mas o processo psicoterápico individual vai além. <br /><br />Reestruturações e aceitações também surgem quando se ama e é amado, realização de transcendências também levam a mudanças muito significativas, mas mesmo neste caso é necessário que haja uma transformação das estruturas, é necessário disponibilidade, que sempre é uma resultante final de processos ou um início muito raro.<br /><br />Quando você diz que 'conhecimento é direto' você cria um dualismo, fica suposto o indireto. É o que Freud pensou quando postulou o inconsciente ou Hume quando enfatizou a experiência ou Bergson quando falou da consciência como temporalidade, por exemplo. No livro "A Realidade da Ilusão, A Ilusão da Realidade" falo sobre realidade, conhecimento etc.Vera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-8225526497013761522011-09-20T09:15:54.453-03:002011-09-20T09:15:54.453-03:00Vera, quanto a desenho completo não sei, o movimen...Vera, quanto a desenho completo não sei, o movimento continua. Como você disse mudanças sempre existem. Daí esses novos posicionamentos também são questionados e mudam em outros, acho que ficar parado é o tédio. Tem seu prazo de validade, por assim dizer.<br />Bem, da forma que eu compreendo o conhecimento no sentido epistemológico é o conhecimento direto da realidade (muita gente acha isso impossível talvez por que as possibilidade de engano/distorção são grandes), 'empírico', não teorizado, não imaginado (o que não implica na inexistência de uma teoria fara sistematizar esse conhecimento). A linguistica é também uma ciência do meu interesse por estar na interface entre humanas e exatas, pode também ter os fatos/fenômenos observados e conhecidos diretamente.Augusto Freirenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-62379275896437798172011-09-19T23:00:50.180-03:002011-09-19T23:00:50.180-03:00Augusto, mudanças sempre existem, aceitação também...Augusto, mudanças sempre existem, aceitação também. São contextos génericos de relacionamento humano. Aceitar que não se aceita é apenas um transitório, entendo que a leitura dos meus livros possibilitou muitos discernimentos, insights. Para você isso já pode ser um desenho completo. Você fala em "leis da percepção essas podem ser conhecidas no sentido epistemológico da palavra" não entendi o que é isso?Vera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-37584676362189412272011-09-19T22:35:24.924-03:002011-09-19T22:35:24.924-03:00Vera, na terapia, quando há um comprometimento gen...Vera, na terapia, quando há um comprometimento genuíno tanto do terapeuta quanto do cliente, pode haver mudança, começando por gerar aceitação do que não se aceita e de que não se aceita, acho que idealmente independente da linha teórica. Como você diz, o cliente pode perceber que não tem problema, que ele é o problema (rsrsrs). Realmente aceitar que não me aceitava mudou tudo, mas a clareza plena disso veio com a leitura dos seus livros. A fundamentação teórica da minha terapia, é Psicologia da Gestalt. Porém percebi que em parte os conceitos ainda eram usados de forma dualista, um tanto na linha de Fritz Pearls, embora também houvesse uma conceituação mais unitária como de Kurt Koffka, Wolfgang Köhler, Kurt Lewin. <br />Entendi o emergentismo. As explicações para o comportamento podem facilmente cair na metafisica, ideias teleológicas, ou hipóteses formuladas, coisas que a rigor não são conhecidas, só imaginadas. Daí meu interesse nas leis da percepção, essas podem ser conhecidas no sentido epistemológico da palavra.Augusto Freirenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-52888873083808845322011-09-19T14:10:56.272-03:002011-09-19T14:10:56.272-03:00Augusto, muito interessante seu processo de mudanç...Augusto, muito interessante seu processo de mudança. O fundamental foi você aceitar que não se aceitava, isto mudou os posicionamentos, provavelmente criando novos. Qual a fundamentação teórica de sua terapia? Quando se fala em holismo, se fala em totalidade como algo diferente das partes (não é o mesmo que dizer que o todo não é a soma das partes), daí a ideia de emergentismo. O todo emerge, a "boa forma" surge, a gestalt se fecha como dizem os holistas, gestalt-terapy inclusive. Percepção é tudo para explicar o comportamento, mas sem visualizar as estruturas em jogo, se cai em metafisica. Abraços, VeraVera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-49485701759259487622011-09-18T23:57:12.518-03:002011-09-18T23:57:12.518-03:00Vera,
Com certeza, nada é garantido, somente a mor...Vera,<br />Com certeza, nada é garantido, somente a morte e os impostos como dizem os holandeses (rsrsrs). Não é que sua teoria me deu trabalho, acho que eu é que tinha uma percepção muito parcializada e passei trabalho para integrar essa percepção (globalizar como você diz). Foi meu processo na terapia, enfrentando com um olhar honesto os impasses, as inseguranças, os medos, a vaidade, ciúme, orgulho, inveja ... Os conceitos vieram se “integrando” e comecei a compreender. Bem, que a Gestalt não é holismo (como Fritz Pearls pareceu dizer que é) foi uma coisa que não entendi de imediato. O que me deu esse estalo foi estudar a lei da reversibilidade de figura e fundo, quando compreendi que na real a gente sempre percebe um todo (a figura), a interpretação do percebido como sendo uma parte já se dando em um segundo momento quando se relaciona o percebido com a memória e/ou o pensamento, criando/atribuindo um significado para isso. Daí ficou claro que não é holismo (que diz que o todo é maior que a soma das partes). Em emergentismo nunca tinha pensado (rsrsrs), mas parece que seria um entendimento que emerge do estudo de vários conceitos (blocos) básicos, que se encaixam, seria isso? Não entendi que foi isso que aconteceu. Faço um paralelo entre o estudo das leis da percepção e o estudo das propriedades fundamentais das operações matemáticas. Embora estas sejam bem simples, se aplicam a todos os níveis de cálculos e possibilitam sua compreensão, mesmo dos mais complexos. Daí isso não é um quebra cabeças que as partes vão se encaixando e emerge a figura final aos poucos, mas sim um nível de entendimento essencial ou fundamental que permite insights.Augusto Freirenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-87828693942352314472011-09-18T01:55:52.777-03:002011-09-18T01:55:52.777-03:00Augusto, desistir está fora de cogitação! Vou cont...Augusto, desistir está fora de cogitação! Vou continuar lendo, sim, e questionando quando o questionamento for pertinente. Bom ler sobre o insight que te levou a entender a percepção como unidade. Bom saber que ele chegou, rs. Obrigada! abraço.Clarissahttps://www.blogger.com/profile/09406980238743172248noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1161144554564910697.post-77832488100697663572011-09-17T21:27:32.529-03:002011-09-17T21:27:32.529-03:00Augusto, seu depoimento é altamente esclarecedor, ...Augusto, seu depoimento é altamente esclarecedor, questionante e pode provocar mudanças; mas todo relacionamento gera posicionamentos responsáveis por novos relacionamentos... tudo vai depender das estruturas em jogo, por isso o gestaltismo não é um emergentismo, um holismo. Não sabia que minha teoria tinha lhe dado tanto trabalho... rsrsrs. Abraço. VeraVera Felicidade de Almeida Camposhttps://www.blogger.com/profile/05442433887573923207noreply@blogger.com