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Mostrando postagens de junho, 2011

O homem, sempre o mesmo

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O homem sempre exerce, no mundo, suas necessidades e possibilidades de relacionamento. Através do tempo, do ponto de vista psicológico, o homem é sempre o mesmo, assim como o é biologicamente como organismo. Suas carências, suas necessidades, suas motivações (não o conteúdo, mas a estrutura), sua busca do prazer, seus medos, sua aceitação e não-aceitação, sua integração de limites, o enfrentamento da 'realidade' em que vive etc. - enfim, ele é uma estrutura constante através do tempo. O que muda? ou o que tem mudado? A percepção que se tem do homem, consequentemente, as teorias explicativas (que são históricas e dependem tanto de descobertas quanto de sua adequação ao seu tempo de atuação), os dados culturais (no sentido antropológico de cultura), em outras palavras, as circunstâncias, esse mundo humano resultante da relação homem-mundo. Um dos males das teorias psicológicas  deterministas, aristotélicas - psicanalise por exemplo - é conceituar o homem como causa

Continuamos aristotélicos

Continuamos aristotélicos. Isso é muito ruim, distorce e consagra explicações causalistas, dualistas e elementaristas como já escreveu Kurt Lewin em seu artigo " Teoria de Classe, Teoria de Campo ".    Antes, quando não se conhecia as estruturas e os processos contextualizadores dos fenômenos, não se podia estabelecer leis globalizantes esclarecedoras dos mesmos: as explicações dos acontecimentos, quando surgiam, eram pela via sobrenatural, pela via mágica ou pelo que se pensava ser "natureza própria" ou "estado natural" das coisas.  Aristóteles dizia que as pedras retiradas do seu estado natural - terra -, pela sua natureza queriam voltar para seu lugar próprio - caiam no chão. As penas, as folhas, os corpos mais leves, quando se afastavam do chão, também estavam procurando seu lugar natural - o céu. Não se conhecia a lei da gravidade para explicar a queda livre dos corpos.  Hoje, quando consideramos a violência, a velocidade, o excesso das gr