Questionamento e dedicação

Vivenciar o presente requer dedicação ao mesmo. É pela consideração aos limites, aos prazeres, aos medos e dificuldades que se estrutura a dedicação e a disciplina, tanto quanto a fruição ou expurgo do que acontece. Andar exige, inicialmente, por os pés no chão e em seguida estabelecer direção. Essa sinalização de caminhos é orientação e dinâmica, tanto quanto limite e repetição sistemática que automatiza. Toda vivência pressupõe encontro, determinação, escape, incerteza. Ao considerar apenas aspectos das vivências, se desestrutura totalidades, se desestrutura o que presentifica. A vivência do presente é a única que existe, embora seja também o anestesiante que apaga o que existe. Quando o presente se constitui em pensar para lembrar do que passou, ou antecipar, torcer pelo que se quer que aconteça ele se constitui em pântano, sumidouro de vivências, realidades e limites. Dedicar-se ao sonho, ao que se almeja, ao que não existe é negador da própria configuração existente. Os problema