Corrida de obstáculos
Não agir, apenas esperar e apostar, nos retira do chão, da realidade, do presente. Passamos a transitar em um mundo de sonhos e expectativas. Transformar os processos vitais e relacionais em meta, jogá-los para depois gera ansiedade. É a ansiedade que nos arranca do chão. Ela é equivalente a um furacão que solapa e derruba.
Não há como viver com expectativa, pois ela implica em negar o que acontece, inventando o que pode acontecer, e isso pode ser o desejado ou o indesejado. O pavor do que pode acontecer, ou a ânsia, a torcida pelo que se quer que aconteça são alienantes. É inviável viver, andar ou estar na realidade agarrado na nuvem do depois.
Quanto maior a expectativa, para o bem ou para o mal, maior a tensão estabelecedora de ansiedade. Viver dedicando-se ao que vai acontecer, seja pelo medo, seja pelo desejo esvazia, acarretando ansiedade. Toda expectativa, das mais graves como o desenrolar de uma doença, às mais corriqueiras como realização de um concurso voltado para empregos ou processos educativos, cria problemas. Viver assim é transformar a vida em obstáculo que derruba e tem de ser vencido.
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