Desatando nós
Para resolver um problema, uma questão é necessário se dedicar ao que desafia, ao que cria complexidades, ao que problematiza. Enfrentar a problemática é o requerido, independente de se ter ou não condições de resolvê-la. Inicialmente se deter, encontrar o problema, a dificuldade é o que possibilitará acesso a sua resolução. Sem encontro não há constatação, não há diálogo. Constatar um problema, uma impossibilidade, causa sempre estranheza e remete à convicção de ter condição ou não de modificar o que problematiza. Esse momento de constatação, quando é ambíguo, quando vivido autorreferenciadamente, adia solução, transforma o problema em justificativa de avaliação, criando a famosa descoberta de que “não poderia fazer nada!” . Estar submisso, amassado pelas impossibilidades é, para muitos, solucionador e absolvedor. Avaliar, medir é uma maneira de fugir do confronto, da ação, da mudança. Não é o que pode ser feito que desata nós, é o que precisa ser feito que os desata, muda