“Tenho tudo, não preciso de nada e nada me deixa feliz”
“Tenho tudo, não preciso de nada e nada me deixa feliz, minha vida é vazia” é um desabafo que aparenta ser vazio e tédio, mas concluir isso é ilusório, incongruente. Jamais tédio e vazio resultam de avaliação. A consistência da avaliação, ou seja, o enumerar possibilidades e neutralizar conflitos é a medida, o peso que tudo determina e contabiliza. Fazer a conta, pesar, medir, avaliar é estabelecer recursos, etiquetas e rótulos. Preencher espaços jamais enseja vazio e tédio. Nada ver, nada deter, nada sentir, esvazia e entedia, mas avaliar é um procedimento que obriga sempre a completar e quando isso ocorre não há o que fazer, a não ser renovar o processo, destruir e buscar complementar, enfim, iniciar novas avaliações que permitam constatar e não ter o que fazer, apenas manter o conseguido. Essa constante repetição é como Sísifo ainda na esperança de conseguir libertação. Como aconteceu com Sísifo, tudo foi entendido. Ficou claro que sua vida é fazer e refazer, mas ir além