Sem saída
Vivenciar o presente pode ser sinônimo de vivenciar o desagradável, o despropositado e ameaçador. Situações de guerra, assalto, doença, desastre deixam isso bem claro. Essas ocorrências determinam ansiedade e medo - que é a omissão diante do que ocorre - ou determinam coragem e participação. Ter medo é se omitir, é colapsar, sumir diante do que está acontecendo. Isso se dá, muitas vezes, no desmaio, no desespero, nos gritos e nas rezas obstinadas. Havendo participação não há medo: enfrentamos ou fugimos, às vezes única maneira de enfrentar, mas ainda assim, ação. Quando não temos metas - ou seja, planos e desejos a realizar no futuro, que não têm estrutura na própria realidade - não estamos divididos ao vivenciar o presente. Essa organização nos permite não colapsar com os impactos, o caos, a desorganização que está acontecendo no presente. Essa atitude cria perspectiva de vida responsável pelo descongestionamento; " o grande horror " que acontece adquire proporções me