Fidelidade
Fidelidade ou traição pressupõe, como tudo, contextualizações relacionais. Ser fiel a si mesmo ou ao outro é a movimentação instantânea que existe quando se é livre, quando se é coerente, quando se aceita. Enganar, iludir é estar comprometido com metas, é querer conquistar, querer vencer e utilizar o outro como artefato. O indivíduo, quando dividido, fragmentado trai, engana, negocia. Quando unitário, inteiro é fiel, é coerente. Viver querendo ser aceito, criando imagens e referenciais que possibilitem este processo, é comum quando se procura conseguir bem-estar e tranquilidade sem condições para isto. Consequentemente, as garantias de sucesso e aprovação partem de traiçôes diárias feitas a si mesmo e aos outros. É o trambique, a propaganda enganosa, o uso do outro para aplacar incapacidades, a omissão, a submissão. Aliciar menores, por exemplo, utilizar as necessidades carenciais do outro para o que se deseja, é também traição. Quando se pensa no amor como algo a ser