O fascínio pela desgraça
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKm_HpspU2eGLt2vpA566u9utNoZW5HdrC7dKbfOX1w4DF5ieQ02OB_fxcURAaifkEHkpx7GibVQkqoZ_OBMLEv2xmkpqAyC4jhlGNc1aR-e0-dN0BEoMLwPB3b_O5QxUZkoz2pvRGeok/w625-h411/desgrac%25CC%25A7aluz3.jpg)
Outro dia me pediram para falar sobre o fascínio pela desgraça, pela ruína, queriam também saber porque programas televisivos apelativos têm grande audiência. Processos de identificação geram motivação. O familiar é percebido enquanto semelhante; essa semelhança é englobada como proximidade. Estas leis perceptivas - semelhança e proximidade - regem os processos da percepção, do conhecimento, consequentemente, do relacional, da montagem de estruturas sociais e psicológicas, dos relacionamentos consigo mesmo, com o outro e com o mundo. Vivendo em condições economicamente subdimensionadas, sofrendo provações e privações, participando de cotidianos abjetos, o ser humano se motiva, se fascina pelo superdimensionamento do que lhe é próximo. Ampliar, às últimas consequências, o que está presente, limitado pelo exíguo espaço, ver como pode explodir tudo que está gestado, é revelador. Fascina. Freud explicava essas identificações e fascínios pela projeção da agressividade, das viv