Palácios, catedrais e shoppings
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt0zeurReUsMVw7BQfduJb028_2ibmzUnULlL5PAOL8_jjtqdyXyDk7B8Y8_RdMdB5PnUSYQxH3CSZBq7nvQmJWwEzIVTVSSMXK8_iYdHW4_4IlaQAk1WDNBLhT32Up4i0JeO1fP2lCEc/s1600/NovaYork.jpg)
Na Idade Média, onde a condição de sobrevivência era precária, os deslocamentos eram dirigidos para o céu, para os deuses. Olhar para cima, pedir e esperar, cria expectativas. Construir catedrais era uma maneira de depositar os sonhos os medos e esperanças. Dos palácios às catedrais, esta era a arquitetura dominante. A maneira de transcender os limites aniquiladores (peste, fome, morte) era rezar, jejuar, rogar misericórdia. Olhando o processo histórico do desenvolvimento arquitetônico, vemos como tudo convergia para os templos, mesmo antes da Idade Média. Transcendências contingenciadas não transcendem mas permitem fontes de alívio, prazer e esperança. O que faz a humanidade, hoje, quando reduzida às demandas de sobrevivência? Consome - das comidas às bebidas, griffes e pessoas. Shopping centers , parques temáticos e de diversão são as catedrais, os templos que abrigam sonhos perdidos, desejos impossíveis, vidas fantasiadas. O mega entretenimento realiza esta função de cong