Cortes arbitrários do que se vivenciou
Os processos estruturados pelas vivências de não aceitação sempre convergem para busca de resultados considerados positivos. Atingir o resultado positivo, evitar o negativo é se considerar e ser considerado vencedor ou vencedora. Buscar resultado é esvaziar cada vez mais as vivências, pois assim não existe continuidade, existem apenas pontos a atingir. A mecanização de processos é o tic-tac, o bate estacas esvaziador. Vive-se para conseguir, para ganhar, para realizar desejos. A vida passa descontínua. É o caminhar pela escuridão para tentar chegar à luz. Supostos paraísos, supostos oásis no deserto vivencial responsável pela estruturação de despersonalizados, robotizados pelo anseio de vitória, pelo medo de fracassar. O que se consegue? Empilhar propósitos realizados ou quase realizados. E isso é o significado das próprias vidas, é o propósito despropositado do existir. É a continuidade transformada em etapas - cortes arbitrários do que se vivenciou. É o vaz...