Paradoxos da neurose
É conhecida a escalada paradoxal da hipocondria: viver faz mal, causa doença. Este implícito funciona como uma espada de Dâmocles, é condutora e mantenedora do comportamento paradoxal. Não ir até o fim, negar, desconhecer e subtrair implicações, permite sobreviver, gera divisões, paralelas que nunca se encontram, que não estabelecem conflito embora sejam paradoxais. A não globalização fragmenta, pontualiza e ao firmar posicionamentos, nega toda possibilidade de dinâmica, de diálogo. Várias situações no viver neurótico, distorcido - na não aceitação - criam atitudes paradoxais. Cuidar dos sintomas, evitá-los, estabelece um caudal ritualístico, maneiras de com eles conviver ao ponto de criar vícios, hábitos. É frequente o viciado em síndrome de pânico. Enfileirar queixas, estabelecer reivindicações, fazer com que familiares e acompanhantes participem dos cuidados necessários para evitar o pânico é um vício que desloca tensão, consequentemente alivia. Detestar a solidão, demanda