Torcendo que aconteça
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimXFZZf0YC690gPYl6ZBlwnGNuU4w6WYfz582iMCx8zVcLVrtqb6H3DEKEYW9qa_vj6if_U4kpoLVptDHhJEButlr313lXDHmzOm3JJf6NdZ4fer9AzZOUHvxl6k3Bs75HwdbyTRU8RMpBVMdkeRfv0ddM1CJKL6ZXvTd0Sz2tTgOH9ES0qF7fnKkB7zc1/w424-h640/TorcendoAconteca.jpg)
Apostar no futuro é gerar expectativa. Esperar é temer quando se imagina que nada do necessário e prometido vai acontecer, tanto quanto esperar é comemorar o que já está para acontecer, o que se deseja que ocorra. Valorar como positivo ou negativo o que vai acontecer cria ansiedade à medida que antecipa acontecimentos. As antecipações funcionam como apostas. É o indivíduo com ele mesmo decidindo. Esse autorreferenciamento implica sempre em divisão. O indivíduo se transformou em outro que é o juiz, a vítima, o que vai decidir o processo. São criados os atores, outros eus resultantes da divisão suportada por contextos e atmosferas de ansiedade. As vivências voltadas para resultados sempre são apoiadas em ansiedade e é por essa condição desvinculada da realidade que elas angustiam e atritam, é a poeira que cega. Não há discernimento, não se sabe o que está acontecendo, nem mesmo como acontece. Aspectos culturais incorporam vivências. Existem ciclos e datas