Densidade, liberdade e confinamento
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Ir além de onde se está geralmente cria lugares imaginários, cria utopia - o não-lugar, o lugar que não existe. O não existente, o utópico, se caracteriza por não estar ancorado em valores. O mundo sem valores, a vida sem sinalização de positivo ou negativo, de adequado ou inadequado, de certo ou errado é uma utopia. Buscar o não-valor é buscar sair de contingências, sair do limite demarcador. Os marcos civilizatórios ajudam a sobreviver, ajudam a realizar individualização, aperfeiçoar capacidades, tanto quanto, ao estabelecer limites, criam valores e aprisionamento. Viver sem valor - que sempre é aderência ao que é configurado - seria libertador. Imaginar as sociedades sem dinheiro, regidas pelo escambo - troca do que é necessário a uns e outros - é imaginar um universo onde prevalece o denso, o que significa, independente de sua simbolização. É apenas o perceber, independente do perceber que percebe. O perceber é dinamizado pela criação de continuidades repetidas,