A eternidade está no presente
Não estar limitado pelo que acontece (memória e vivência) nem referenciado no que temos ou desejamos, só é possível se vivenciamos o presente, se este nos deixar ocupados sem preocupações nem verificações, sem validações. Nossa estrutura biológica é aprisionante, o máximo de libertação que conseguimos é mantê-la neutralizada. Ao transcender o limite biológico sem transformá-lo em limite psicológico, se vive o presente. O presente é o contexto específico de cada um com todas as suas direções e redes relacionais. Integrado nele, sem metas, nem a priori, não posicionados se exerce dinâmica. Não pensar no futuro, não parcializar os dados do percebido por esta dimensão inexistente traz ao homem eternidade. Eu e o outro, eu e o que está sendo vivenciado, é integrado; perspectivas surgem como decorrência e consequência do que se vivencia. Esta descoberta, nova paisagem, exila a mesmice, a repetição e o tédio. Respira-se por respirar-se, isto é tudo, isto é nada, não é resultante, é ...