Violência e dúvida

Dúvida é a afirmação negada que possibilita uma pergunta, eu já escrevia em 1988, em meu livro Relacionamento Trajetória do Humano . Duvidar é buscar mudança e esclarecimento. É discordar e exercer as descobertas das próprias inquietações, problemas e medos. Duvidar é prolongar a percepção, é pensar. O não se satisfazer com o dado, com o percebido, com o que está diante decorre de invadir o presente com antes, com depois, com certezas, com expectativas. Dedicado a entender e conseguir o que quer, quando não consegue começa a duvidar e cogitar que “algo faltou ou foi mal feito, não chegou a tempo”, ou a falha é a prova de sempre ser enganado, de nada conseguir, e assim são geradas mais dúvidas. Subsequente ao estado de dúvida vem o medo, pois na negação do que existe há um átimo onde nada existe, e é aí que a dúvida é engendrada. Fruto do instantâneo, do intervalo, ela é o entreato, um espaço a preencher. Nesse sentido, é por isso qu...