Hybris e onipotência

A não aceitação de limites possibilita vários deslocamentos, um deles consiste na tentativa de ultrapassar o limite. Essa desconsideração do que está diante é gerada pela onipotência oriunda do autorreferenciamento. Ao se perceber impotente, surge aceitação ou não aceitação desta vivência. Recolhimento ou exacerbação vão caracterizar esta constatação. A onipotência é um deslocamento da impotência. Não existem duas situações: onipotência e impotência. A impotência não aceita e deslocada, configura a onipotência.

A construção de imagens, máscaras aceitáveis é característica dos que vão além da própria dificuldade, atingindo bons resultados que camuflam e parecem neutralizar os limites. Gigantes de pés de barro nascem. Escorar-se nos bons resultados obtidos, exibí-los, é uma atitude indicativa de que problemas foram superados e assim agindo aumenta a necessidade de mostrar, de exaltar o conseguido.

Na atitude onipotente, a vida é resultado, não é processo; não importa como foi conseguido o que era necessário para ser valorizado e considerado, basta querer e lutar para conquistar, seguindo roteiros que vão desde ter amigos influentes até realizar todas as etapas necessárias à profissionalização por exemplo e esperar o sucesso. Esta atitude em função de metas, este foco nos objetivos, desconhece limites. Para preencher o vazio daí resultante, surgem crenças e ideologias fanáticas, rigidez, obsessões, compulsões, exercícios e disciplinas extenuantes. A fé, a esperança, a persistente preocupação com os próprios direitos, os deveres cumpridos são os lemas, os suportes deste esvaziamento.

Ultrapassar limites negando-os, é autorreferenciamento. É o não limite gerador de onipotência que nada mais é que uma das formas de autorreferenciamento, característica dos processos de não aceitação. Tudo é percebido a partir das próprias necessidades, desejos e vivências. Este acúmulo de referências em um mesmo contexto, pontualiza. Quando isto acontece novas situações são requeridas, novos contextos, até um outro eu (dividir para suportar), é a imagem, hybris maior, responsável pela despersonalização, pela desumanização.

Na antiga Grécia Hybris* era uma deusa que personificava a insolência, a desmedida, o excesso. Aristóteles associava hybris ao 'erro trágico' do protagonista dos dramas gregos, erro este que advinha da tentativa de ação correta em uma situação onde isso era impossível, em outras palavras, um grande engano.

Enfatizar é parcializante, divide, consequentemente desorganiza; qualquer ênfase gera excesso, hybris.

Enfatizar o belo, enfatizar a cultura, parcializa. Achar que só se pode viver em um mundo belo, espiritualmente refinado, socialmente igualitário, economicamente justo, por exemplo, estabelece regras (o belo, o feio, o refinado, o grosseiro, o adaptado, o marginal, o rico, o pobre etc) situações antagônicas, duais, geradoras de valores determinantes de hierarquias; criadoras de posicionamentos: a luta do revolucionário, as verdades religiosas, a eternidade da beleza. Os limites não são integrados, permanecem como valores, são transformados em referenciais. É o 'erro trágico', a hybris dos bem-intencionados que enfatizando seus próprios referenciais apenas expõem sua onipotência. A superação de limites unilateraliza. Superação não é aceitação. Aceitação de limite implica em integração do limite o que só é possível se não tiver uma meta a ser atingida. Ultrapassar limites negando-os é uma forma de fazer de conta que não está limitado. Este processo não é inócuo: ansiedade, excesso de gastos, responsabilidades postergadas e imagens fabricadas se transformam em perseguidores. O gigante dos pés de barro, as imagens criadas, compromissos assumidos não têm base de sustentação. O indivíduo colapsa, tentando corrigir o erro ele mata, ele morre.

Não aceitação de limites, onipotência, excesso, exagero - hybris - é o autorreferenciamento, resultante da não aceitação.

--------------------------

* Hybris, palavra grega, excesso, arrogância, insolência, soberba, impetuosidade, violência - em português está dicionarizada como húbris















- "O Homem sem Qualidades", Robert Musil
- "A Mutilação Sacrificial e a Orelha Cortada de Van Gogh", Georges Bataille


verafelicidade@gmail.com

Comentários

  1. Olá, Vera. Que bom ler seu artigo falando de Hybris, tão reverenciada nos meios artísticos! O teatro, o cinema, todas as boas histórias devem muito a esta deusa animadora de enredos. Mas, apesar de gostar muito de uma boa história, gosto muito mais do que você escreveu aqui, gosto muito do seu surpreendente final, deste incrível questionamento aos disfarçados "donos da verdade", sabedores de como as coisas devem ser... botei a carapuça :-(

    Toda essa nossa supervalorização de padrões, disfarçados de "gosto estético", todas as nossas boas intenções burguesas... Eu nunca teria pensado em onipotência associada a tudo isso, bateu fundo. A verdadeira revolução é mesmo individual, não é mesmo?

    Obrigada e abraço

    ResponderExcluir
  2. Ana, gostei do que você escrevei por que entendo também como humildade a condição de poder reconhecer erros e limites, não precisar estar sempre certo. Como a Vera disse em um outro texto, ‘Dependência, hábito e medo’: “Quando as coisas são colocadas em termos de vencer ou vencer, quando não admitimos a derrota, reduzimos tudo aos nossos desejos e neles apoiados dependemos cada vez mais de novas conquistas”.

    Assim, a afirmação de que o foco em objetivos desconhece limites, descreve também o velho lema ‘os fins justificam os meios’ de muitos políticos, dos que lutam por influência e poder, da guerra. No livro Desespero e Maldade tem um diagrama que representa o limite não aceito, que mostra várias linhas resultantes distorcidas, ou um corte limpo no limite aceito. A maldade como transgressão de limites é mostrada. A negação do limite também é inconsequência, irresponsabilidade perante a vida.

    A ênfase é bem o que está descrito, parece que manias por certas coisas ou situações são isso, ou a necessidade de ser admirado, respeitado, ser aceito. Conheci um senhor do interior do Ceará que costumava dizer que em sua sabedoria popular que ‘todo exagero procede do maligno’ (Hybris?).

    Um mundo perfeito idealizado remete a fuga, como as ideias de mundos em outros planetas e seres extraterrestres superdesenvolvidos. Aceitação da imperfeição é não ser intolerante. Com elação a idealismo, o filme ‘A Ultima Estação’ mostra o final da vida de Léon Tólstoi, que o criador foi vítima da própria obra, o tolstoismo, muito em função do intolerante Vladimir Chertkov. Muitos ativistas se fanatizam em um objetivo (onipotência) como disse a Vera. No filme essa intolerância contrasta com a atitude de pessoas que reconhecem o que se passa e abandonam o movimento (Masha e depois Valentin).

    Vera, quero conceituar melhor o que causa transformação no mundo e nas pessoas, essa dialética da mudança relacional. Por exemplo, em termos sociais, a escravidão ainda existe, mas na maioria das sociedades é considerada ilegítima. E foi legítima durante muito tempo como elemento básico da produção. Houve uma lenta transformação causada possivelmente por pessoas que não foram coniventes com isso – não aceitaram aquela situação e lutaram para muda-la. Você me esclarecer mais sobe isso com respeito ao seu artigo?
    Abraço

    ResponderExcluir
  3. "Ao se perceber impotente, surge aceitação ou não aceitação desta vivência. Recolhimento ou exacerbação vão caracterizar esta constatação. A onipotência é um deslocamento da impotência. Não existem duas situações: onipotência e impotência. A impotência, não aceita e deslocada, configura a onipotência."

    Oi, Vera,
    quando li esse início, logo lembrei de uma coisa em que sempre penso e sobre a qual gostaria de saber sua opinião: posso dizer que todo complexo de inferioridade pressupõe também um delírio de grandeza, e vice-versa? Ouvi isso certa vez e me pareceu fazer sentido pois me receonheço nesse movimento muitas vezes. Desde então, quando sinto que "é melhor nem dizer nada porque não tenho nada de interessante a dizer, quem sou eu e blá blá blá" paro para refletir no que sinto de fato, e fica claro que, no fundo, eu não me expresso porque gostaria de dizer a mais inteligente das coisas. Como a razão me diz ser isso impossível – constatação do limite –, caio no outro extremo, o do "eu não digo nada que preste, oh, sou um verme" (rs). Faz sentido isso dessa forma?

    Nesse contexto, os chamados "delírio de grandeza" e "complexo de inferioridade" seriam resultantes da não integração do limite?

    Abraço.

    ResponderExcluir
  4. Também me chamou a atenção: "É o 'erro trágico', a hybris dos bem-intencionados que enfatizando seus próprios referenciais apenas expõem sua onipotência."

    Poxa, é isso mesmo! É muito bom ler seus textos porque vou identificando vários movimentos meus. É como se você colocasse uma lente de aumento em um papel impresso. De longe, a gente só vê um verde homogêneo, por exemplo. Aí você vem com sua lupa e, quando olhamos através dela, percebemos que o verde homogêneo é também (ou na verdade) um monte de pontos amarelos e azuis misturados. Abraço.

    ResponderExcluir
  5. Ana, incrível como meu artigo lhe possibilitou questionamentos, visualizações de limites e ainda deu para "botar a carapuça", como você disse, parabens.
    Abraços

    ResponderExcluir
  6. Augusto, em seu comentário você me cita tanto, mas tudo é tão desencontrado...

    O todo não é a soma das partes, não esqueça senão a hybris lhe domina... rsrsrs.

    Quanto a sua indagação (sobre as transformações sociais): aceitação também é ação antitética, também gera mudança e transformação social.
    Abraço

    ResponderExcluir
  7. Oi Clarissa, está certo "complexo de inferioridade pressupõe também um delírio de grandeza, e vice-versa", mas para sair de uma linguagem que pressupõe o inconsciente, diríamos: quem tem uma mancha quer ser uma marca (a não aceitação leva a querer ser aceito, estrutura metas).

    Quando não se consegue a meta, ser aceito, se cai no que você falou "eu não digo nada que preste, oh, sou um verme".

    Quanto aos delírio de grandeza e complexo de inferioridade, são resultantes da não integração de limites gerada pela não aceitação. Não aceitação é o que estrutura a neurose, seus deslocamentos são infinitos, a onipotência (hybris), a impotência são alguns exemplos.

    Que bom que com a leitura dos meus artigos você tem percebido velhas situações sob novas formas, fico contente com suas mudanças.

    Abraço

    ResponderExcluir
  8. Sim Vera, seus escritos, seus livros me possibilitaram vários questionamentos, apesar de que tenho consciência da fraqueza da palavra escrita em relação à força da palavra falada quanto a sua proposta terapêutica de questionamento e mudança e principalmente a diferença entre a situação do encontro com suas imprevisibilidades, a situação do 'set terapêutico' onde o psicoterapêuta exerce antítese e a situação da leitura, onde invariavelmente o leitor domina o processo (com todas as suas implicações muito interessantes quando se trata de literatura, imaginação, fantasia, mas muito inadequadas quando se trata de teoria e proposta como a sua).

    Mas a leitura de seus textos, além de prazeirosa, modifica meu mundo e tem uma força quase mágica: quando dei por mim a carapuça já estava na minha cabeça... rsrsrs.

    Maravilha sua afirmação "aceitação é ação antitética", me lembrei de Mahatma Gandhi.

    Abraço

    ResponderExcluir
  9. É Vera, ficou desencontrado mesmo meu texto, rsrsrs. Não entendi completamente em que sentido aceitação é ação antitética. É no sentido de aceitar a realidade, não negá-la? Abraço,

    ResponderExcluir
  10. Ana, lucidez é o que você me passa com seus comentários; é muito bom conviver com isto.
    Abraço

    ResponderExcluir
  11. Augusto, sim, aceitar a realidade é uma ação antitética, às vezes. Tudo vai depender do contexto que está sendo aceito e de quem o aceita.
    Abraço

    ResponderExcluir
  12. Claro Vera, relação é o que vai definir, e essa não se pode determinar a priori. Pensei em ação antitética também realizada quando se faz oposição (não conivência) a um determinado estado de coisas. O próprio Mohandas Ghandi, citado pela Ana, o qual pregou a desobediência civil pacífica contestando o império britânico - fazendo sal e tecendo fios de algodão ganhou a parada, através da idéias e conceitos que difundiu.
    Abraço

    ResponderExcluir
  13. Oi, Vera
    Obrigada pela resposta. “Quem tem uma mancha quer ser uma marca”, depois de ler isso, fica fácil perceber em várias atitudes minhas essa tentativa de transformar a mancha em marca. Vejo como uma forma de tentar fazer com que o outro me aceite, já que eu mesma não consigo a maior parte do tempo. Pensando assim, vejo algumas estratégias minhas que vão nessa direção. É estranho pensar em termos de estratégia, mas é como se fosse isso mesmo. Daí vejo muita fragilidade exposta. É muito muito bacana isso. Tudo bem que eu devo ver só alguma coisa, mas essa alguma coisa já muda bastante coisa.

    Sim, a leitura de seus textos é mesmo transformadora. Dentro dos meus limites de entendimento e outros – e aquela sua dica “leia sem metas” foi fundamental – , tenho tentado fazer o melhor para compreender o que vc diz e me modificar conforme o que percebo (claro que é um processo beeeeem lento, pelo menos para mim). Suas respostas aqui do blog às perguntas que surgem são muito claras, então tanto os livros quanto o blog estão sendo muito bons. Grande abraço.

    ResponderExcluir
  14. Clarissa, superinteressante o que você conta, é muito bom assistir processos de transformação, mesmo quando se sabe que não é toda a estrutura da não aceitação que foi transformada, seria impossível; abrir caminho, remover obstáculos é muito bom.
    Abraço

    ResponderExcluir
  15. Olá Augusto, quando citei Mahatma Gandhi tinha em mente seu grande movimento baseado em Satyagraha, termo por ele criado e que significa algo como "a força da verdade". A força que ele tinha sempre me impressionou e com a frase de Vera "aceitação como ação antitética" (veja bem, "aceitação" e não simplesmente "ação antitética") entendi de onde vinha esta força que realmente só pode ser do fato dele aceitar a realidade como ela era, aceitar o domínio inglês, aceitar a fragilidade militar da India, aceitar os enormes conflitos internos da India que independiam da presença colonial (e aliás ele foi assassinado por conta destes conflitos e não por conta do processo de independência inglesa!), só partindo desta aceitação poderia conectar uma filosofia como a contida no movimento Satyagraha a transformação politico-social. Na verdade a grande revolução de Gandhi acontecia dentro dele próprio e por isso ele foi um grande exemplo para a população indiana, para sul-africanos e até para Luther King. "Desobediência Civil" era um "side effect" de Satyagraha.

    A ação antitética de Gandhi era resultante de sua aceitação, foi o que pensei quando li a frase de Vera.

    Tem uma frase dele muito reveladora de sua filosofia de vida: "que diferença faz para os mortos, os órfãos e os sem-teto se a louca destruição foi feita em prol do totalitarismo ou do sagrado nome da liberdade e democracia?"

    ResponderExcluir
  16. É, não é toda, é só um pouquinho e devagar, mas já é bastante coisa. E é muito bom mesmo =)Obrigada, Vera.

    ResponderExcluir
  17. Muito bom também ler suas reflexões, Ana. Eu não havia entendido bem quando você recortou a frase de Vera e associou a Gandhi, mas achei genial depois de explicada.

    Perceber o satyagraha dessa forma é muito diferente de pensá-lo apenas como um movimento de não violência. Quer dizer, não é apenas a ação da não violência, mas todo o processo que leva a ela, toda a aceitação envolvida nisso. Pelo menos foi como vi depois de sua explicação e gostei muito. Abraço.

    ResponderExcluir
  18. Se vc é a criadora da terapia A Terapia Gestalt, qual a função de Fritz Perls, juntamente com Laura Perls e Paul Goodman nesse papel?
    Não compreendi!


    A Terapia Gestalt foi elaborada por Fritz Perls, juntamente com Laura Perls e Paul Goodman, nos inícios dos anos 40.
    Fritz Perls (1893 - 1970), judeu de origem alemã, médico psiquiatria, psicanalista, funda a Associação Psicanalítica da áfrica do Sul, onde se exilou (1934), na sequência da 2.ª Grande Guerra Mundial.
    Aqui também é onde publica, em 1942, "Ego, Anger and Agression", obra que incide na aplicação dos resultados da investigação científica da Teoria da Gestalt àinvestigação psicanalítica e àprática psicoterapêutica. Esta obra é considerada o marco da concepção da Terapia Gestalt.
    Emigra aos 53 anos para Nova Iorque, onde publica, em 1951, "Gestalt Therapy", juntamente com Paul Goodman e Ralph Hefferline. Em 1952 cria o primeiro Instituto de Gestalt em Nova Iorque. Os primeiros gestaltistas americanos (Fritz e Laura Perls, Paul Goodman, Jim Simkin, Isadore Fromm, Erving e Miriam Polster, Joseph Zinker, entre outros) praticavam a Terapia Gestalt sob a forma de psicoterapia individual. Só posteriormente se difundiram as intervenções grupais, nomeadamente na sequência do período entre 1964 e 1969, em que Perls promove seminários de demonstração e de formação no Instituto de Esalen na Califórnia (a "Meca da Psicologia Humanista"). Mais tarde surgem as intervenções no âmbito de instituições educativas, sociais, médicas, bem como em empresas e até mesmo na vida social comunitária.
    A Terapia Gestalt é hoje praticada em contextos diversificados: em psicoterapia individual, em terapia de casais, em terapia familiar, em grupos terapêuticos, em grupos de desenvolvimento pessoal, bem como em instituições e empresas.
    Para além das diversas áreas de intervenção acima referidas, a Terapia Gestalt tem vindo a participar (devido ao que caracteriza o seu modelo teórico) das tendências contemporâneas de investigação sobre o conceito de Holismo e suas implicações, que atravessam a Física, a Biologia e a Filosofia.


    Aguardarei resposta!

    ResponderExcluir
  19. Lilian, que leitora desatenta é você! Desatenta… a educação não me permite dizer outra coisa.

    Estou espantada!

    Para uma pessoa que se coloca como literata, poetisa como está no seu perfil… estou realmente espantada!

    Fritz Perls é sim o criador da Gestalt Therapy (traduzida nos ultimos anos para português como Terapia da Gestalt), Laura Perls, Paul Goodman e outros trabalharam com ele.

    Eu sou criadora da PSICOTERAPIA GESTALTISTA que desde o início dos anos 70 questiona a "colcha de retalhos", a mistura de teorias que é a Gestalt Therapy.

    Tem muitos lugares onde você pode buscar informações sobre o meu trabalho de desenvolvimento teórico em psicologia. Deveria ter feito isto antes de postar este texto copiado de página da web sobre Fritz Perls e sem aspas como se fosse de sua autoria (http://slepg.net/index.php?cont=6) pois F. Perls já é bem conhecido de qualquer estudante de psicologia, qualquer profissional de psicologia e qualquer pessoa que se interesse por leituras no campo da psicologia, assim como meu trabalho também o é.

    Se você pensou que estaria alertando os leitores deste blog, alem de subestimá-los você apenas se expôs ao ridículo.

    ResponderExcluir
  20. Olá Vera, tá vendo no que dá Hybris evocada!… rs… não resisti fazer a brincadeira… :-)

    Bem, internet é a mais ampla experiência democrática dos últimos séculos, então…

    Achei sua resposta a "Poesia na Alma" realmente educada.

    E Clarissa, obrigada pelo seu comentário. Realmente Satyagraha era bem mais que não violência, tem muitas traduções, inclusive interpretativas, eu gosto de "stand on thruth", acho difícil traduzir, e a verdade para Gandhi era Deus, ou Deus era a verdade… ele dizia coisas como "religião é respiração" e por ai vai...

    Abraço

    ResponderExcluir
  21. Oi pessoal, não sou nenhuma expert em psicoterapia no sentido "científico", seja lá como for, entretanto gostaria de ressaltar que a psicoterapia gestaltista é a chave sim para solução dos nossos impasses, diga-se duros impasses pessoais, querer existir não se aceitando é uma uma realidade não aceita por esta sociedade cheia de conceitos e de dinâmica especulativa, exemplo: tem que ter doutorado para sermos bons em alguma coisa, esta é a dinâmica atual, mesmo que existam fábricas de "doutores" atualmente, enfim precisamos de soluções verdadeiras para a vida e não de estruturas pre-formadas por pessoas que não se aceitam e que ditam as regras em nome do bem comum, horrível, entretanto, gostaria de ressaltar que aceitação, não aceitação são situações reais, onde coloca os indivíduos em posições de protagonistas e não de coadjuvantes, ou seja, é mais fácil acreditar no inconsciente do que achar que não se aceita, gostaria de sugerir a "POESIA NA ALMA" para assistir do filme o Discurso do Rei, Ok.

    ResponderExcluir
  22. Desculpem a todos não percebi e enviei a mensagem duas vezes.

    ResponderExcluir
  23. Ana, gostei do seu comentário sobre Ghandi. Sua explicação coincide com minha compreensão.
    Abraço

    ResponderExcluir
  24. Rosélia, o Discurso do Rei é maravilhoso, assim como outros filmes que você sugeriu, gostei de todos.

    ResponderExcluir
  25. Ana, muito engraçada a sua brincadeira, me fez lembrar que Hybris sempre está acompanhada de Nêmesis, mesmo sendo um vulto pouco perceptível, mas é justiça a caminho, reequilíbrio. Seu comentário trouxe Némesis.

    Abraço

    ResponderExcluir
  26. Rosélia, obrigada pela defesa da Psicoterapia Gestaltista e pelo comentário eloquente; Nêmesis veio rápido como já disse a Ana… rsrsrs.

    Abraço

    ResponderExcluir
  27. Olá Vera, já que você se lembrou de Nêmesis com meu comentário, devo confessar que nele quase lhe dizia que achei a punição de Hybris muito amena, por mim ela seria enviada ao Reino de Hades sem mais delongas... rs.

    Abraço

    ResponderExcluir
  28. Bem interessante seu artigo e tem tudo a ver com o momento político atual no Brasil e alguns dos personagens em destaque.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Os mais lidos

Polarização e Asno de Buridan

Oprimidos e submissos

Sonho e mentiras

Formação de identidade

Zeitgeist ou espírito da época

Mistério e obviedade

Misantropo

A ignorância é um sistema

“É milagre ou ciência?”

A possibilidade de transformação é intrínseca às contradições processuais