Memória e pensamento
Ter ou não ter boa memória depende de condição neurológica íntegra e isso é o básico, é a estrutura que armazena os processos perceptivos, cognitivos, desde que perceber é conhecer. Esse processo perceptivo é instantâneo, independe de elaboração dos dados sensoriais, ou seja, independe da elaboração das sensações, como se conceitua na visão causalista.
O mundo não é um caos, é organizado e assim é por nós apreendido, assim as formas (gestalten) são por nós percebidas e apreendidas. A percepção não é elaboração de sensações, como pensavam os empiristas, associacionistas. No séc.XVIII a escola empirista ditava que os sentidos (visão, audição, paladar, tato e olfato) recolhiam os dados sensoriais e a percepção os organizava e elaborava. Essa visão associacionista transforma o indivíduo em um criador de realidades. É a prática idealista que confere ao sujeito, ao indivíduo, o papel de mago criador do universo.
Os gestaltistas alemães - Koffka, Koehler e Wertheimer - quando afirmam que o processo perceptivo não é elaboração de sensações, mas sim que é o defrontar com o que existe, interrompem o curso das explicações idealistas, que, entretanto, ainda hoje persistem nas ideias de consciente, inconsciente e outras tantas explicações causalistas.
O processo cognitivo, a percepção, é o conhecimento, é o que permite mantê-lo pela memória ou prolongá-lo pelo pensamento. Pensar é prolongar percepções, não é uma função, não há um órgão, uma zona cerebral, cortical, responsável por isso. Necessário não esquecer o isomorfismo, o conceito de que a toda forma psicológica corresponde uma neurológica, cerebral, não esquecer que é necessária estrutura biológica/neurológica para que se realizem os processos cognitivos.
As vivências do presente quando ocorrem no contexto do presente permitem fixação total do ocorrido. É atitude dedicada, totalmente integrada com o que acontece. Isso permite memorização. Quanto mais misturada e quebrada é a vivência do presente - invadida por outros referenciais do passado, do futuro, de comparação, de cortes de adequação - menos fixação do que ocorre, menos memória. Ao pensar relacionamos inúmeras percepções, inúmeras constatações, redirecionamos contextos a fim de ampliar configurações e reconfigurar vivências por meio de conceitos, narrativas e explicações.
Os gestaltistas alemães - Koffka, Koehler e Wertheimer - quando afirmam que o processo perceptivo não é elaboração de sensações, mas sim que é o defrontar com o que existe, interrompem o curso das explicações idealistas, que, entretanto, ainda hoje persistem nas ideias de consciente, inconsciente e outras tantas explicações causalistas.
O processo cognitivo, a percepção, é o conhecimento, é o que permite mantê-lo pela memória ou prolongá-lo pelo pensamento. Pensar é prolongar percepções, não é uma função, não há um órgão, uma zona cerebral, cortical, responsável por isso. Necessário não esquecer o isomorfismo, o conceito de que a toda forma psicológica corresponde uma neurológica, cerebral, não esquecer que é necessária estrutura biológica/neurológica para que se realizem os processos cognitivos.
As vivências do presente quando ocorrem no contexto do presente permitem fixação total do ocorrido. É atitude dedicada, totalmente integrada com o que acontece. Isso permite memorização. Quanto mais misturada e quebrada é a vivência do presente - invadida por outros referenciais do passado, do futuro, de comparação, de cortes de adequação - menos fixação do que ocorre, menos memória. Ao pensar relacionamos inúmeras percepções, inúmeras constatações, redirecionamos contextos a fim de ampliar configurações e reconfigurar vivências por meio de conceitos, narrativas e explicações.
Comentários
Postar um comentário