Encurralado
Quando não se tem a perspectiva de futuro, quando as situações se congestionam e se pontualizam, surge a vivência do encurralamento, do estar sem saída. Nessa situação densa, a ansiedade rapidamente se transforma em pânico. Não ter para onde ir, não ter amortecedores, sentir que tudo aproxima do abismo, do final, da não saída, é desesperador.
Situações limite imobilizam quando as possibilidades de mudança, que exigem novas abordagens, não são percebidas. Os arquivos, as memórias funcionam como chaves que abrem perspectivas. Saber-se íntegro, capaz de vencer obstáculos, amplia o imediato, o estreito. Quanto maior a aceitação de si mesmo e de suas vivências, mais perspectivas são estabelecidas. Kurt Lewin tem uma interessante abordagem sobre o assunto:
“… uma mudança no comportamento se verifica quando a conexão funcional entre o nível de realidade e irrealidade é reduzida, isto é, se elimina a ligação entre fantasia e ação”. *
Nesses dias, tomando o exemplo das vivências de confinamento/quarentena, podemos afirmar que quanto mais aceitação das próprias vivências, maior a perspectiva de tempo, a disponibilidade, a motivação, o ânimo. Ao contrário, quando os acontecimentos são negados, a realidade subestimada, surgem aspirações, metas e desejos que inviabilizam a vivência do que está ocorrendo. O medo de adoecer, de morrer, o medo das perdas financeiras e do caos social são ameaçadores e desestruturantes. Desse modo, o que acontece é vivido como um caminho para o caos e assim o futuro se constitui apenas em ameaça, não oferecendo perspectivas.
* Kurt Lewin in “Teoria de Campo em Ciência Social”, pag. 144.
Situações limite imobilizam quando as possibilidades de mudança, que exigem novas abordagens, não são percebidas. Os arquivos, as memórias funcionam como chaves que abrem perspectivas. Saber-se íntegro, capaz de vencer obstáculos, amplia o imediato, o estreito. Quanto maior a aceitação de si mesmo e de suas vivências, mais perspectivas são estabelecidas. Kurt Lewin tem uma interessante abordagem sobre o assunto:
“… uma mudança no comportamento se verifica quando a conexão funcional entre o nível de realidade e irrealidade é reduzida, isto é, se elimina a ligação entre fantasia e ação”. *
Nesses dias, tomando o exemplo das vivências de confinamento/quarentena, podemos afirmar que quanto mais aceitação das próprias vivências, maior a perspectiva de tempo, a disponibilidade, a motivação, o ânimo. Ao contrário, quando os acontecimentos são negados, a realidade subestimada, surgem aspirações, metas e desejos que inviabilizam a vivência do que está ocorrendo. O medo de adoecer, de morrer, o medo das perdas financeiras e do caos social são ameaçadores e desestruturantes. Desse modo, o que acontece é vivido como um caminho para o caos e assim o futuro se constitui apenas em ameaça, não oferecendo perspectivas.
* Kurt Lewin in “Teoria de Campo em Ciência Social”, pag. 144.
✔️ Para uma leitura complementar sobre esta temática, sugiro meu artigo “Sem Saída” publicado neste Blog.
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