Abrigo
O abrigo, inúmeras vezes, é o encontro do presente que transforma e define trajetórias de continua solidão, de frustração estruturante de dúvidas e omissões.
Quando ansiedade e medo habitam o cotidiano, sem saber o que fazer, sem saber para onde ir, nem o que acontece, o indivíduo se desespera, se desgasta, se omite. Essa omissão é implosiva. Sozinho, sem se comunicar, surge o isolamento. Tudo ameaça. É o deserto sem oásis. Nesse desespero, nessa solidão, quando se encontra um apoio - o abrigo - as coisas mudam. O inóspito começa a ser povoado. As reestruturações se impõem. É o novo trazendo transformação.
Encontro amoroso, vivências psicoterápicas, descoberta de problema engendram soluções. Novos sentidos são configurados, os processos continuam e assim são descobertas novas dimensões individualizantes, e essa continuidade personalizada destrói o abrupto das imposições, das ameaças e violências. É a mulher que se sente livre, é a criança risonha, é o medo transformado em iniciativa, em espontaneidade.
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