Vacilação
O inesperado, quando acontece, exige comportamento não programado, comportamento espontâneo. Havendo disponibilidade e coerência as reações são instantâneas e contextualizadas.
Quando o indivíduo está posicionado em metas, mágoas e frustrações, o que ocorre inesperadamente é vivenciado como golpe, mesmo quando traz boas novas como acontece em alguns ganhos inesperados de loterias ou heranças: surge vacilação e insegurança, não se consegue entender ou responder ao que está acontecendo. Isto cria dificuldades, obriga a realização de avaliações, utilização de critérios práticos, mecanismos que estabeleçam referenciais seguros.
Toda vivência de vacilação é também vivência de insegurança, é sentir-se despreparado para o que está acontecendo. Os sentimentos de impotência e incapacidade são os estruturantes da insegurança. Não se sabe como reagir, tampouco se sabe se as atitudes e comportamentos têm sido adequados e úteis. Adequação e utilidade são os acessos para as circunstâncias. Ao sabor dos acontecimentos, fica-se sempre necessitando de orientação, concordância e incentivos. Dos estímulos às comendas, os indivíduos percorrem referenciais que validam ou que destroem seus esforços e objetivos.
Sempre que se espera o ganho e se foge da perda, se propõe quebra-cabeças insolúveis, situações que jamais são globalizadas, sendo apenas vivenciadas como inesperadas, criando assim, valorações e despreparo.
verafelicidade@gmail.com
Fico perplexo de ver como muitas vezes não se percebem as contradições, como querer o impossível, negar o que acontece. Parece uma espécie de cegueira.
ResponderExcluirÉ, globalizar contradições depende de não estar referenciado em resultados, imagens. Quando se tem desejos e propósitos, os atalhos viram caminhos e isto é uma resultante da não aceitação. Abraços, Vera
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