Reflexo no espelho - despersonalização, descoberta
No espelho o outro sou eu, ou, no espelho me vejo e percebo. O reflexo é uma perspectiva que permite encontro e descoberta. Descoberta de quê? Do espelho? Do semelhante? Do outro? De mim?
A depender da resposta encontramos diversos temas e problematizações. Quando me vejo no espelho, ou qualquer superfície que reflete, Narciso se impõe, padrões ou rejeições aparecem. Se espelho for a resposta, o mundo da física nos invade, a questão da luz, da superfície polida, inversões e artefatos, tecnologias são as perspectivas.
Pensar no semelhante, no outro como idêntico ou diferente nos leva também a outras considerações. Abordagens biológicas melhoram as divergências da vivência com o outro, com o diferente ou igual, a depender de suas sincronias culturais. Quando o reflexo no espelho nos traz revelações, quando vemos que estamos olhando, quando percebemos que percebemos, surgem constatações, reflexões, perspectivas psicológicas, pensamentos.
Pensar no semelhante, no outro como idêntico ou diferente nos leva também a outras considerações. Abordagens biológicas melhoram as divergências da vivência com o outro, com o diferente ou igual, a depender de suas sincronias culturais. Quando o reflexo no espelho nos traz revelações, quando vemos que estamos olhando, quando percebemos que percebemos, surgem constatações, reflexões, perspectivas psicológicas, pensamentos.
Eu sou o outro, o outro é o igual, é eu, isto é belo, é feio, é exterior, é interior. Existem esses aspectos? Valores, aprendizados, medos e dúvidas, tanto quanto certezas e evidências se coagulam nessa percepção, neste momento: o reflexo no espelho. Descobertas são feitas, aceitações atualizadas, não aceitações gritadas quando já existe constatação das mesmas e diálogos pré-existentes. O espelho é um índice de avaliação, de certeza e dúvida que substitui o outro e gera encontro/desencontro, atualizando aceitação e não aceitação.
No mundo não há continuidade do espelho, a todo momento existe continuidade do outro, que nos revela, nos reflete e nos expõe, tanto quanto nos limita. Ser o que se é, é a única maneira de estar com o outro, de estar consigo mesmo sem posicionamento de exterior/interior, dentro e fora, amigo/inimigo. Sem considerações prévias. Sem a expectativa ou o medo o outro é percebido, e assim, o encontro se realiza. Enquanto que com autorreferenciamento, posicionamento e expectativa o processo de perceber o outro é elaborado por referenciais além ou aquém do que se dá, e consequentemente o outro é a peça que desencaixa ou que ameaça e atrapalha. Nesse contexto, o semelhante é geralmente o inimigo, a ameaça, ou é o que pode ser utilizado para alguma finalidade útil aos próprios desejos. Desse modo, excluímos o outro como o percebido e o transformamos em condição necessária para sobrevivência.
Ótimo texto.
ResponderExcluirParabéns pelo blog.
Várias postagens interessantes.
Obrigada!
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