Maleabilidade

 

A maleabilidade nos faz pensar na tenacidade do que é flexível, no aço, na sua têmpera. Nos faz pensar também no caráter, na educação, vivências e encontros que se constituem na forja que tudo estrutura.

Ser maleável resulta de ser consistente. Ter os pés no chão, nele apoiado e andar, ser situado e dinamizado, uma constante contradição facilmente resolvida pelo andar. Maleabilidade é o que equilibra, é o que a todo momento elastifica e impede ruptura.

Esse permitir e fazer crescer é construção das transformações de necessidades em possibilidades ao ampliá-las e diversificá-las em função de seus contextos estruturantes. Ser maleável é estar no mundo sem ser engolido pelas circunstancializações, desde que circunstâncias são buracos onde perspectivas e motivações sucumbem pela dispersão de acertos. Acertar, concluir é realizar tanto quanto é estancar processos. A continuidade dos processos, da vida, exige constante questionamento dos mesmos, só possível por meio de maleabilidade, de não se fixar em vitórias, em fracassos, em comprovações, em decepções. Não há o viver para, ou o viver por; há o viver, o como, o estar no mundo com o outro, consigo mesmo, aceitando e transformando limites e realizando possibilidades.


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