Referenciais restritivos
Descobrir referenciais, contextos às vezes existentes como regras, pode significar encontro com limites. Os critérios que estruturam os limites indicam desejos, metas, que mesmo quando realizadas são mantidas como impedimentos.
Nas expectativas - desejos e metas - o que existe é sempre percebido como o que está comigo, ou como o que está contra mim.
Quando é percebido como contrário é geralmente obstáculo, o que impede, e quando percebido como consigo é o que alavanca, o que possibilita. Não integrar o percebido dificulta a vivência do que ocorre. Esse absurdo, aleatório – a não integração do que ocorre – resulta da insurgência, da reviravolta temporal, o fato sob a forma de desejo e aspiração, expectativas e metas. Essa magia, a não integração do que ocorre, invade e encobre o que existe, ou ainda, dito de outra forma: se deter no que passou é também obscurecedor do que se vivencia. Nesse sentido, os maiores limites se constituem na arbitrariedade, no fazer de conta negador do que acontece. Não suportar frustrações e não realização de desejos gera a chamada vivência de mesmice, monotonia criadora de acrobacias, e assim, o indivíduo passa a inventar e se desesperar quando as situações não se mostram claras. Pensam em castigo, em punições, organizam a raiva, o medo, a inveja, a insegurança como seus constituintes, acompanhantes privilegiados e constantes no considerado jogo da vida.
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