Modelos midiáticos
Infelizmente, os modelos relacionais oriundos do relacionamento com o outro - família, amigos, parceiros - são substituídos por regras, por métodos alardeados pela TV, facebook e redes de informação. O que vai se fazer da própria vida está subordinado às modas, às preferências do que é bom - e deve ser buscado -, e do que se deve evitar - o considerado ruim.
Por sua vez, as mudanças comportamentais são necessárias para vender roupas, livros, remédios, pois os novos estilos de vida vão sempre exigir artefatos e novas aparelhagens. Deficientes físicos, por exemplo, depois dos Jogos Paraolímpicos, são alvo de propostas solucionadoras e redentoras. O esporte passa a ser utilizado como padrão de superação e inclusão social. Tudo é possível neste novo universo. Vendem-se próteses, vendem-se roupas, vende-se ânimo, tudo é possível e passível de ser superado, melhorado, arranjado, transformado. Entretanto, confluências de soluções de superação são questionáveis, mas isto não é considerado e esta é a maneira de instalar modelos, criando mudanças e transformações de interesse, de motivação, de competição, e as avaliações são incentivos para realizar e para padronizar.
As singularidades se perdem ao tentar se encontrar na utilidade do esforço. Mais padrões, mais exemplos, menos individualidade, menos humanidade. Melhor seria desenvolver condições contextuais que a todos abrigassem, neutralizando assim, diferenças e incapacidades. O anseio por ser o melhor, a tentativa de mirar-se em vitoriosos medalhistas é frustrante, é excruciante e extenuante: de cada dez, nove ficam fora da raia, fora do padrão das medalhas e das propagandas.
Possibilitar - criar possibilidade - é totalmente diferente de criar excelências contaminadas pelas exigências de parâmetros alienadores.
Por sua vez, as mudanças comportamentais são necessárias para vender roupas, livros, remédios, pois os novos estilos de vida vão sempre exigir artefatos e novas aparelhagens. Deficientes físicos, por exemplo, depois dos Jogos Paraolímpicos, são alvo de propostas solucionadoras e redentoras. O esporte passa a ser utilizado como padrão de superação e inclusão social. Tudo é possível neste novo universo. Vendem-se próteses, vendem-se roupas, vende-se ânimo, tudo é possível e passível de ser superado, melhorado, arranjado, transformado. Entretanto, confluências de soluções de superação são questionáveis, mas isto não é considerado e esta é a maneira de instalar modelos, criando mudanças e transformações de interesse, de motivação, de competição, e as avaliações são incentivos para realizar e para padronizar.
As singularidades se perdem ao tentar se encontrar na utilidade do esforço. Mais padrões, mais exemplos, menos individualidade, menos humanidade. Melhor seria desenvolver condições contextuais que a todos abrigassem, neutralizando assim, diferenças e incapacidades. O anseio por ser o melhor, a tentativa de mirar-se em vitoriosos medalhistas é frustrante, é excruciante e extenuante: de cada dez, nove ficam fora da raia, fora do padrão das medalhas e das propagandas.
Possibilitar - criar possibilidade - é totalmente diferente de criar excelências contaminadas pelas exigências de parâmetros alienadores.
verafelicidade@gmail.com
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