Biológico censurado e regulamentado
Criar caminho para escoar as necessidades biológicas gera regras. Estabelecer regras e padrões sempre existiu ao longo da história nas várias sociedades. Ordenar é fundamental para sanear e manter convívio entre indivíduos e entre várias espécies, mas os bons resultados destas organizações extrapolam seus usos.
Sistemas de transporte e armazenamento para alimentos, criação de estruturas de saneamento, estabelecimento de passagens e caminhos, tudo se faz eficaz, entretanto, seguir esta matriz, estabelecendo o que é bom para a felicidade e o bem-estar dos seres humanos ao determinar o que é adequado e inadequado para realizar sua sexualidade, por exemplo, extrapola limites e possibilidades individuais, tanto quanto cria a censura do biológico, enfatizando aparências.
Para o humano, sobreviver é exercer suas necessidades biológicas. Fome, sexo, sede e sono são necessidades biológicas responsáveis pela realização do homem como organismo. Fome e sede foram contingenciadas, deixando de ser necessidades à satisfazer, passando a ser expressas em função do capital, da propriedade privada e dos meios de produção. O homem come o que seu dinheiro lhe permite comer e esta situação determina seu processo de estar no mundo, transformando-o em braço para conduzir indústrias, transformando-o em mão de obra alienada. Sua sexualidade também foi cooptada por regras, orientações religiosas, que sob pseudo aspectos éticos inventam modalidades, contratos e regras modeladoras de motivações. O indivíduo extenuado por tanto preço a pagar, tanta regra a manter, perde a tranquilidade, seu sono, por exemplo, já não é natural, tem que ser conseguido via sedativos, via mercadorias que necessariamente escorrem pela esteira do consumo.
Ao censurar, ao regular o biológico se neutraliza toda a motivação e produção humanas. O organismo é a infraestrutura através da qual o ser humano cria, ama, estabelece família, faz arte, poesia e ciência. Comprometido, resta-lhe apenas sobrevoar este horizonte caótico, impossibilidade esta que se tenta quebrar com estupefacientes: remédios, drogas e outros alteradores, tais como imaginar mudanças com regras subtraídas dos próprios reguladores. Viver sob censura e regulações é ter limitada as suas possibilidades, é transformar o infinito em quintal produtivo, em curral confinado que alimenta para o próximo sacrifício, deixando de exercer possibilidades e de realizar transcendência e vivendo como um dos mais evoluídos animais da escala zoológica.
Sistemas de transporte e armazenamento para alimentos, criação de estruturas de saneamento, estabelecimento de passagens e caminhos, tudo se faz eficaz, entretanto, seguir esta matriz, estabelecendo o que é bom para a felicidade e o bem-estar dos seres humanos ao determinar o que é adequado e inadequado para realizar sua sexualidade, por exemplo, extrapola limites e possibilidades individuais, tanto quanto cria a censura do biológico, enfatizando aparências.
Para o humano, sobreviver é exercer suas necessidades biológicas. Fome, sexo, sede e sono são necessidades biológicas responsáveis pela realização do homem como organismo. Fome e sede foram contingenciadas, deixando de ser necessidades à satisfazer, passando a ser expressas em função do capital, da propriedade privada e dos meios de produção. O homem come o que seu dinheiro lhe permite comer e esta situação determina seu processo de estar no mundo, transformando-o em braço para conduzir indústrias, transformando-o em mão de obra alienada. Sua sexualidade também foi cooptada por regras, orientações religiosas, que sob pseudo aspectos éticos inventam modalidades, contratos e regras modeladoras de motivações. O indivíduo extenuado por tanto preço a pagar, tanta regra a manter, perde a tranquilidade, seu sono, por exemplo, já não é natural, tem que ser conseguido via sedativos, via mercadorias que necessariamente escorrem pela esteira do consumo.
Ao censurar, ao regular o biológico se neutraliza toda a motivação e produção humanas. O organismo é a infraestrutura através da qual o ser humano cria, ama, estabelece família, faz arte, poesia e ciência. Comprometido, resta-lhe apenas sobrevoar este horizonte caótico, impossibilidade esta que se tenta quebrar com estupefacientes: remédios, drogas e outros alteradores, tais como imaginar mudanças com regras subtraídas dos próprios reguladores. Viver sob censura e regulações é ter limitada as suas possibilidades, é transformar o infinito em quintal produtivo, em curral confinado que alimenta para o próximo sacrifício, deixando de exercer possibilidades e de realizar transcendência e vivendo como um dos mais evoluídos animais da escala zoológica.
Obrigado pelo ótimo texto! ;)
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