Persistência e padrão
Seres humanos não são máquinas, mas na maior parte do seu dia vivem como se fossem. É uma realidade massacrante suportar esta desvitalização, este massacre do humano. É preciso considerar alguns aspectos que minimizam, que desconfiguram esta mecanização.
Estando no mundo, somos organismos, realizamos funções e estamos conectados a inúmeros sistemas que nos caracterizam ao nos descaracterizar como individualidades. Do oxigênio aos pés no chão, a lei da gravidade, estamos realizando nossa trajetória humana. Sem esta repetição, sem esta frequência, sem estes mecanismos respiratórios, deambulatórios, estaríamos inertes, imobilizados. Em certo sentido é mecânico sobreviver, subsistir, manter a nossa humanidade. Precisamos realizar as funções mecânicas, automáticas, medulares para realizar o cortical, o relacional, o perceber o outro. A persistência deste processo libera individualidade ou a sobrecarrega. Tudo vai depender de como nos relacionamos com os padrões (ambientais, cerebrais, orgânicos, sociais). Dos aspectos climáticos aos indicadores de liberdade social e política, estamos padronizados. A questão é como compreender, como lidar com estes padrões. Exercer submissão? Realizar questionamentos? Nadar, surfar ou sermos afogados pelas vagas e vogas estabelecidas como regras e padrões?
É a resposta individual, a liberdade de dizer sim, de dizer não que vai caracterizar persistências ou mudanças. Persistência pode ser um caminho para mudar, tanto quanto é uma maneira de se adequar, adaptar, submeter-se ao que despersonaliza.
Padrão deve ser seguido, não tendo padrão deve-se criá-lo, mas, é preciso interagir, tanto quanto modificar o existente para não cair no abraço cego do apoio, do grupo, da chefia.
Todo processo de persistência exige autonomia ou abandono. Por autonomia se persiste nos movimentos de revolta, de dizer não às ordens constituídas que engolem individualidades, tanto quanto a governos ditatoriais ou familiares autoritários. Também por falta de autonomia, por abandono da própria individualidade, das próprias motivações, se persiste sendo a mãe escrava do filho drogado, a mulher espancada semanalmente para garantir a ordem familiar constituída ou ainda a filha abusada que persiste em salvar, manter o bom nome do pai, da família.
A persistência quando vira um padrão, é transformada em peça de engrenagem mantedora de compromissos alienantes, tanto quanto ao ser exercida como atitude crítica, como diferencial questionador de padrão, é uma antítese aos mesmos, é a possibilidade de mudar, é a certeza que transforma o ambíguo, que esclarece e permite mudar.
Como diz o ditado: “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, é a repetição que desdobra, cria novos horizontes, muda. Persistir é também começar a cegar, esquecer, embaralhar, pois se vive no automatismo na repetição, de padrões que alienam.
Distinguir o que padroniza do que aniquila, o que mantém do que permite mudar é fundamental para não virar máquina de produzir humanidade, beleza, amor, fé esperança, desumanidade, feiúra, desamor, desesperança. Existe muito que se pode açambarcar do padronizado quando se conhece seus processos, seus limites: macieiras jamais vão gerar laranjas e vice-versa.
O padrão humaniza, o padrão desumaniza tudo vai depender de como ele é utilizado, manipulado. Persistência é saudabilidade tanto quanto é prejudicial, tudo vai depender do seu fulcro, do que constitui sua sustentabilidade.
Estando no mundo, somos organismos, realizamos funções e estamos conectados a inúmeros sistemas que nos caracterizam ao nos descaracterizar como individualidades. Do oxigênio aos pés no chão, a lei da gravidade, estamos realizando nossa trajetória humana. Sem esta repetição, sem esta frequência, sem estes mecanismos respiratórios, deambulatórios, estaríamos inertes, imobilizados. Em certo sentido é mecânico sobreviver, subsistir, manter a nossa humanidade. Precisamos realizar as funções mecânicas, automáticas, medulares para realizar o cortical, o relacional, o perceber o outro. A persistência deste processo libera individualidade ou a sobrecarrega. Tudo vai depender de como nos relacionamos com os padrões (ambientais, cerebrais, orgânicos, sociais). Dos aspectos climáticos aos indicadores de liberdade social e política, estamos padronizados. A questão é como compreender, como lidar com estes padrões. Exercer submissão? Realizar questionamentos? Nadar, surfar ou sermos afogados pelas vagas e vogas estabelecidas como regras e padrões?
É a resposta individual, a liberdade de dizer sim, de dizer não que vai caracterizar persistências ou mudanças. Persistência pode ser um caminho para mudar, tanto quanto é uma maneira de se adequar, adaptar, submeter-se ao que despersonaliza.
Padrão deve ser seguido, não tendo padrão deve-se criá-lo, mas, é preciso interagir, tanto quanto modificar o existente para não cair no abraço cego do apoio, do grupo, da chefia.
Todo processo de persistência exige autonomia ou abandono. Por autonomia se persiste nos movimentos de revolta, de dizer não às ordens constituídas que engolem individualidades, tanto quanto a governos ditatoriais ou familiares autoritários. Também por falta de autonomia, por abandono da própria individualidade, das próprias motivações, se persiste sendo a mãe escrava do filho drogado, a mulher espancada semanalmente para garantir a ordem familiar constituída ou ainda a filha abusada que persiste em salvar, manter o bom nome do pai, da família.
A persistência quando vira um padrão, é transformada em peça de engrenagem mantedora de compromissos alienantes, tanto quanto ao ser exercida como atitude crítica, como diferencial questionador de padrão, é uma antítese aos mesmos, é a possibilidade de mudar, é a certeza que transforma o ambíguo, que esclarece e permite mudar.
Como diz o ditado: “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, é a repetição que desdobra, cria novos horizontes, muda. Persistir é também começar a cegar, esquecer, embaralhar, pois se vive no automatismo na repetição, de padrões que alienam.
Distinguir o que padroniza do que aniquila, o que mantém do que permite mudar é fundamental para não virar máquina de produzir humanidade, beleza, amor, fé esperança, desumanidade, feiúra, desamor, desesperança. Existe muito que se pode açambarcar do padronizado quando se conhece seus processos, seus limites: macieiras jamais vão gerar laranjas e vice-versa.
O padrão humaniza, o padrão desumaniza tudo vai depender de como ele é utilizado, manipulado. Persistência é saudabilidade tanto quanto é prejudicial, tudo vai depender do seu fulcro, do que constitui sua sustentabilidade.
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