Extrapolações aprisionantes
Perceber que percebe é conhecer, é significar e ter possibilidade de relacionar vivências, fatos, situações, encontros e desencontros. Extrair implicações do dado, do acontecido pode gerar distorção, fantasia, imaginação, caso não sejam estruturadas no contexto do acontecido enquanto desenvolvimento relacional. Freadas pelo sistema autorreferenciado as constatações passam a funcionar como amálgamas simbólicos, chaves mestras para tudo agarrar ou para tudo abandonar a depender de seus próprios sistemas, de seu autorreferenciamento. Constatar é abrir caminho ou é fechá-lo, quando a constatação - a percepção da percepção - é transformada em resumo comprovador do que se deseja ou do que se teme.
Todas as vivências realizadas por meio de regras, dogmas e estereótipos criam preconceitos. Esses conceitos antecipados dividem o mundo, criando tipos, partidos, situações que ajudam ou que ameaçam. O que é bom e o que é ruim são as tônicas percebidas. Assim indexado, ou assim matizado, é fácil decidir, tanto quanto é cada vez mais borrado e neutralizado o juízo, o poder discriminatório, o saber sobre o que significa, sobre o que representa. Tudo é simplificado, transformado em bom e ruim, saudável e venenoso, calmo e perigoso. Essa atitude escalpela e reduz as infinitas possibilidades do que está diante de si. Não se pode recriar o universo a cada minuto, tampouco se pode destruí-lo no mesmo tempo. A questão é que cada vez é necessário descobrir, ir passo a passo, abrindo portas do labirinto a fim de recuperar significados de evidências cobertas pelo modo classificatório do hedonismo, tanto quanto do medo e da ignorância.
Saber que sabe, perceber que percebe é redentor. É assim que criamos caminhos e desenvolvemos trajetórias para estruturar a humanização do estar-no-mundo-com-o-outro. De nada adianta saber, inferir e decidir sobre o que não se globaliza. As cores não esgotam o espectro luminoso, tanto quanto esse não confere às mesmas suas infinitas variações. Um é o outro, sendo diferente em função de intensidades. Somatórias não definem, apenas aprisionam dados para que se possa correlacioná-los mais tarde. O bem-estar, a libertação é o resultado final da quebra de finalidades e propósitos. É o ter possibilidades, é o estar vivo em movimento que tudo define e configura. Quaisquer engessamentos aniquilam mesmo que criem exemplares ímpares. O dissecado, eviscerado é o eterno, mas não é vivo, é morto, magistralmente configurado em um instante.
Constatar, perceber que percebe é dar sequência, continuidade às relações que configuram o encontro, o conhecimento, a vida, a felicidade, independente de bem, de mal, de utilidade, de inutilidade. Valores e conveniências são aderências aprisionantes do que ocorre, do que se percebe, são situações que nos aprisionam sem que percebamos.
Todas as vivências realizadas por meio de regras, dogmas e estereótipos criam preconceitos. Esses conceitos antecipados dividem o mundo, criando tipos, partidos, situações que ajudam ou que ameaçam. O que é bom e o que é ruim são as tônicas percebidas. Assim indexado, ou assim matizado, é fácil decidir, tanto quanto é cada vez mais borrado e neutralizado o juízo, o poder discriminatório, o saber sobre o que significa, sobre o que representa. Tudo é simplificado, transformado em bom e ruim, saudável e venenoso, calmo e perigoso. Essa atitude escalpela e reduz as infinitas possibilidades do que está diante de si. Não se pode recriar o universo a cada minuto, tampouco se pode destruí-lo no mesmo tempo. A questão é que cada vez é necessário descobrir, ir passo a passo, abrindo portas do labirinto a fim de recuperar significados de evidências cobertas pelo modo classificatório do hedonismo, tanto quanto do medo e da ignorância.
Saber que sabe, perceber que percebe é redentor. É assim que criamos caminhos e desenvolvemos trajetórias para estruturar a humanização do estar-no-mundo-com-o-outro. De nada adianta saber, inferir e decidir sobre o que não se globaliza. As cores não esgotam o espectro luminoso, tanto quanto esse não confere às mesmas suas infinitas variações. Um é o outro, sendo diferente em função de intensidades. Somatórias não definem, apenas aprisionam dados para que se possa correlacioná-los mais tarde. O bem-estar, a libertação é o resultado final da quebra de finalidades e propósitos. É o ter possibilidades, é o estar vivo em movimento que tudo define e configura. Quaisquer engessamentos aniquilam mesmo que criem exemplares ímpares. O dissecado, eviscerado é o eterno, mas não é vivo, é morto, magistralmente configurado em um instante.
Constatar, perceber que percebe é dar sequência, continuidade às relações que configuram o encontro, o conhecimento, a vida, a felicidade, independente de bem, de mal, de utilidade, de inutilidade. Valores e conveniências são aderências aprisionantes do que ocorre, do que se percebe, são situações que nos aprisionam sem que percebamos.
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