Descontinuidade e ideia fixa
Esperar que tudo aconteça como se quer, que nada atrapalhe o cotidiano e os projetos, é um desejo que cria ansiedade. A expectativa cria compromisso com o que não existe, com o que ainda não aconteceu, tanto quanto instala descontinuidade no existir.
A maneira de preencher estes vazios, estes pontilhados de descontinuidade, é transformar o que escapa em ponto de apoio. Segurando o que não pode ser segurado, o interrompido, se cai em repetição na tentativa de esticar o existente para suprir, cobrir o que não existe. Este faz-de-conta cria espaços de superação, de realização do que é impossível de atingir pois falta matéria-prima, falta condição de configuração, falta vivência presentificada, vivência atualizada. A não aceitação da própria incapacidade, da impotência de modificar situações ou realizar desejos cria tensão, gera medo, ansiedade e paralisa.
Ficar emparedado, imobilizado pelo que precisa, pelo que necessita e não acontece, deixa os indivíduos reduzidos à incapacidade de realização de seus sonhos, de suas ideias fixas. A obsessão passa a ser o metrônomo determinante do ritmo das motivações e atividades. A monotonia, o tédio são instalados no cotidiano e cada vez mais surgem deslocamentos, fantasias, antecipações de medo e esperança para gerar dinâmica, animação, colorido na realidade monótona. Quanto mais se desloca, mais se sai do presente, mais se nega e amplia as vivências, consequentemente mais descontinuidade, mais ansiedade são estabelecidas para sustentar as ideias fixas, os desejos obsessivos.
Viver esperando é o mesmo que viver se esvaziando, negando tudo que se faz e vivencia. A espera, a expectativa é uma forma de negar a própria vida, destruíndo o que está em volta. Quando não se suporta mais este vazio, este não presente, se cria atmosferas, atividades repetitivas e viciantes a fim de continuar a descontinuidade, a fim de pôr os pés no chão de uma maneira mágica, irreal.
A maneira de preencher estes vazios, estes pontilhados de descontinuidade, é transformar o que escapa em ponto de apoio. Segurando o que não pode ser segurado, o interrompido, se cai em repetição na tentativa de esticar o existente para suprir, cobrir o que não existe. Este faz-de-conta cria espaços de superação, de realização do que é impossível de atingir pois falta matéria-prima, falta condição de configuração, falta vivência presentificada, vivência atualizada. A não aceitação da própria incapacidade, da impotência de modificar situações ou realizar desejos cria tensão, gera medo, ansiedade e paralisa.
Ficar emparedado, imobilizado pelo que precisa, pelo que necessita e não acontece, deixa os indivíduos reduzidos à incapacidade de realização de seus sonhos, de suas ideias fixas. A obsessão passa a ser o metrônomo determinante do ritmo das motivações e atividades. A monotonia, o tédio são instalados no cotidiano e cada vez mais surgem deslocamentos, fantasias, antecipações de medo e esperança para gerar dinâmica, animação, colorido na realidade monótona. Quanto mais se desloca, mais se sai do presente, mais se nega e amplia as vivências, consequentemente mais descontinuidade, mais ansiedade são estabelecidas para sustentar as ideias fixas, os desejos obsessivos.
Viver esperando é o mesmo que viver se esvaziando, negando tudo que se faz e vivencia. A espera, a expectativa é uma forma de negar a própria vida, destruíndo o que está em volta. Quando não se suporta mais este vazio, este não presente, se cria atmosferas, atividades repetitivas e viciantes a fim de continuar a descontinuidade, a fim de pôr os pés no chão de uma maneira mágica, irreal.
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